sexta-feira, 30 de julho de 2010

A chegada

...meu grande companheiro, o Cruzador é mais uma vez um vitorioso...
Em Guajará Mirim, fomos ao banco pegar reais para chegar em casa. Passamos numa sorveteria e abusamos - foi a comemoração da chegada.
...sorvete na casquinha...é para matar as saudades...
Já estávamos saindo da cidade quando constatamos o nosso cansaço e, por cautela, resolvemos retornar e buscar um hotel, deixando a partida para o dia seguinte.
...com os freios gastos pelo tanto de montanhas íngremes enfrentadas...
Pela manhã aproveitei e troquei as pastilhas de freio que estavam no limite. Saímos ao meio dia, parando, fotografando e degustando o desfecho da aventura. E para a felicidade de todos os que nos aguardavam, chegamos no final do dia.
...na chegada olhamos para trás e vimos o sol se pondo lá na costa do Pacífico...
Abraços a todos que vivenciaram esta aventura e esperem pelas fotos que já estou enviando ao Murilo.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

O percurso de Guayara-Merin a La Paz

Ainda sobre a viabilidade de indicar esta rota para o turismo, acho importante dar mais algumas informações sobre a estrada e aí o interessado poderá decidir melhor:
De Guayara Merin a Riberalta são 100 km em adiantado estado de terraplanagem, cruzeiro 80/100 km/h, topografia plana, baixo tráfego (1:30 h);

De Riberalta a Yata são 370 kms de exelente estrada terraplanada, cruzeiro 80/100 km/h, topografia plana, baixissimo trafego (5 a 6 h);

Do Yata a Santa Rosa 90 km, cruzeiro 20/30 km/h, topografia plana, baixo trafego (4 h); Santa Rosa a Rurrenabaque 100 km, idem;
De Rurrenabaque a Yocumo 100 km, cruzeiro 50 km/h, topografia plana (2 h);

De Yocumo a Caranavi, cruzeiro 20/60 km/h, montanha (7 h);
De Caranavi a Coroico 20/40 km/h, montanha, tráfego alto (2:30 h);

De Coroico a La Paz, asfalto, 100 km, altitude de 1.600m a 4.400m em La Cumbre e 3.600m em La Paz, alta montanha (2:30 h) .

Extremos

Vivenciar a extrema aridez, quilometros e quilometros de deserto sem ver um único raminho verde, parece inconcebivel a um amazônida.
No entanto o que se aprende é que tudo é uma questão de adaptabilidade, não existe lugar feio na mãe terra:
... a aridez, a falta de ar, o vento ultrapassando os cem quilometros por hora são compensados pela diversidade de cores e pela grandiosidade do espaço.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Riberalta

Acabamos de almoçar em Riberalta, estamos a 100 kms da borda, a viagem esta no fim e a ansiedade e expectativa aumenta. Foi tudo muito bom e ainda temos muito a escrever.
Seguimos e ainda ontem chegamos as nove da noite no hotel Cheraton, um grande chapeu de palha no meio do nada que funciona como bar e restaurante e conta com alguns "alojamentos" ao fundo.
...não era um da grife Sheraton, era um Cheraton...
Dorminos nos nossos carros, fizemos um jantar, e pela manha, café.
...um café da manhã saudável mesmo, literalmente, na beira da estrada...
Agora estamos saindo para Guayará Merim
Até mais...

terça-feira, 27 de julho de 2010

Retornando à Amazônia

Estamos saindo rumo a Reyes, Santa Rosa, Yata, Riberalta e Guayara Merin. Nesta etapa não existe internet. Tentaremos mandar mensagens via fone para o Murilo publicar.

Até a próxima.

Turismo

Murilo, ontem discutimos a viabilidade ou não de sugerir esta estrada como acesso aos Andes e concluímos que ela esta muito perigosa e é desaconcelhavel indica-la.
Quando começamos a viajar por este caminho, em muitos trechos não passava de uma estreita trilha, com pouquissimo tráfego.
Agora o rítmo é ditado pelo tráfego intenso de caminhões e até onibus de dois andares que se equilibram por aqueles precipícios. Em muitos trechos a nuvem de poeira é permanente.

Por outro lado a paisagem e a riquesa cultural superam aos olhos dos mais afoitos, o que pode pegar desprevenido os mais incautos, deslubrados ou inexperientes.

Abraços,

Os iguais se encontram sempre...


Noite passada fomos recepcionados no Hotel em Coroico por 6 chilenos viajando em bicicletas. Estavam alucinados com a beleza verificada ao transitar pela "Estrada da Morte".
Solano e eu nos tranquilizamos com o desconforto de excesso de bagagem que levamos, vendo a que eles levavam em suas bolsas laterais: proporcionalmente, o dobro.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Yocumo

Esta viagem tem se caracterizado por apresentar coisas boas e marcantes a cada dia. Hoje foi o dia da pilotagem. Transpor os contrafortes dos Andes de Caranavi a Yocumo é incrivel, verde exuberante, rios cristalinos com tons esmeraldas, anil, campezinos plantando coca nas encosta é lindo.
Transpor a sequëncia de montanhas num sobe e desce de 500 a 1800 mts exige perícia, sangue frio, e estar "muuuito" ligado. O trafego aumentou muito, as estradas não.

...não existe duas pistas...tem apenas uma, para todos passarem...
São longas subidas de mais de uma hora em zigue-zague, segundona, pé em baixo, terceira pra aliviar e segunda novamente para torquar, o motor urra, o Bernardão enclina pra direita e joga pedras pela esquerda, inclina para esquerda e joga pedras pela direita, a frente levanta querendo mais, salta pra um lado, salta pro outro, trepida e "cavoca" como um touro, como disse a Núruia, "Assim que te quero" kkkkkkk.
Foi muito legal, pena que agora que estamos temperados e afinados a aventura esta acabando, falta só um pouco mais de quinhentos quilometros, já sinto saudades, mas também estou com muita saudade da Noely e de todos os que amo.
Solano

Rurrenabaque

Fizemos uma exelente viagem e acabamos de chegar a Rurrenabaque. Aproveitamos o acesso à internet para fazermos a atualização e os comentários sobre Caranavi.

Caranavi

Ontem reencontramos nossa amiga baiana de Caranavi, seu marido, que é agronomo e não dentista como por equivoco publiquei anteriormente, seu filhinho de dois anos e uma menina (Gabi) de déz.

Jantamos juntos e nos presentearam um vídeo que registra a expulsão da polícia local pela população. A cidade está a dois meses sem polícia e parece que tudo corre bem.

Como a cidade estava sem acesso à internet, deixamos para fazer a atualização do blog em Rurrenabaque.

domingo, 25 de julho de 2010

Partindo de Coroico

A noite acabou em festa com a boa musica brasileira - o alemão já morou no Rio e se animou muito com a nosso presença.
...as montanhas verdes e as estradas em anéis numa composição perfeita...
As montanhas verdes de Coroico são lindas, filmei o dia amanhecendo. Agora estamos saindo em direção a Caranavi.
Até.

sábado, 24 de julho de 2010

Coroico

Estamos em Coroico, reencontrei o jeep como o deixei, ainda não "falei" com ele mas o atendente do hotel garantiu que esta tudo em ordem. Pouca neve nas montanhas mas fomos recompensados com danças típicas nas ruas de La Paz, imagens maravilhosas.
Agora teclo do ciber. Jantei na Choperia do Alemão. O Postigo ainda esta la, comendo, e eu vou voltar para tomar uma taça de vinho - ja tomei uma pacenha, tudo bem. Aqui na praça o povo ta dançando musicas típicas.
Amanhã seguimos para Caranavi.
Abraços a todos

Nevados

Estamos saindo para os nevados Chacaltaya e Uayna Potosi, vamos ver se traremos boas imagens para vcs.

Pueblo de Maiko

...livres pensadores, estudam o humano e suas relações...
Ontem reencontramos uma familia amiga que vive no deserto de Atacama, Alexis, Andreia e o filho Maiko e duas irmãs e um irmão.
Livres pensadores, estudam o humano e suas relações com a terra e o cosmo. Educam os filhos em casa e pesquisam as culturas pré-colombianas.
Passamos uma tarde em alto astral.

Em La Paz

...La Paz, no muito que me conforta estar aqui, devo ter vivido esta cidade...
Chegamos a La Paz a meia noite de agora, já estamos confortavelmente no hotel, amanhã conto. Abraços

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Arica

...um passeio na zona franca ainda é um bom relaxante...
Não foi possível entrar em Humbstone, onde também chegamos muito tarde, depois de passarmos muito tempo na zona franca (de compras é claro).
...um belíssimo por do sol tendo o Pacífico como horizonte...
Chegamos tarde a Arica, encontramos a praça da cultura lotada, assitimos um show de musica regional e chegamos tarde no hotel.
...Arica,  no extremo oeste ao sul do equador...
 Agora vamos saindo rumo a La Paz, vamos ver geoglifos ao longo da estrada.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Humberstone

...um dos poucos edifícios que sobraram depois da invasão da areia do deserto...
Em Iquique o que mais impressiona é a salitreira de Humberstone, enorme estrutura metálica no meio do deserto, que vamos visitar hoje em todos os seus detalhes.
...depois do salitre sintético, a cidade entrou em declínio, e em 1961 ficou vazia...
Com o fim da guerra do Pacífico, as salitreiras ficaram em poder da Inglaterra que exploraram ao extremo as reservas e os trabalhadores chilenos e bolivianos, resultando na revolta destes e o massacre de mais de três mil operários pelo exército do Chile.

Geoglifos

...quanta coisa para visitar, conhecer, explorar, e um tempo tão curto para tudo isso...
No retorno aproveitamos para visitar o Vale da Lua em San Pedro, ruínas das salineras ao longo do caminho, geoglífos pré-colombianos e um oásis no deserto. Também visitamos o vale dos meteoritos (aguardem fotos e filmagens).

Retorno a Iquique

Nosso projeto era, a partir de São Pedro, entrar na Bolívia por Laguna Verde e percorrer todo o Sur de Lipez até o Salar de Yuni e daí ir para La Paz e Porto Velho.
Eram dez da manhã e o vento ainda permanecia furioso, o lago todo congelado e o mal das alturas nos tirando as forças. Os motoristas dos jipes de turismo informaram aos holandeses que seria impossível retornar naquele dia pois o vento é tão forte que, nestas condições é frequente a quebra de parabrisas por pedras jogadas pelo vento.
Diante das circustâncias, resolvemos retornar a Iquique e daqui voltar pelo mesmo caminho.

Laguna Verde

...a noite foi terrivelmente fria, a falta de ar não nos permitia dormir...
A noite foi terrivelmente fria, a falta de ar não nos permitia dormir, fazíamos exercícios de respiração para oxigenar os pulmões e nos sentirmos melhor, ouvindo o vento bater no telhado de zinco como se fosse arrancar o teto.
...passei a noite com duas meias, duas calças de moleton...um saco de dormir...
Conversamos com os holandeses sobre Amazônia, Bolívia, Morales e União Européia. Passei a noite com duas meias, duas calças de moleton, duas blusas e um pulover, quatro cobertas e um saco de dormir.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

No Limite

...fazia um frio de -10° a 4.660 metros de altitude...
Vivemos ontem e hoje a nossa maior aventura da viagem, saímos de São Pedro rumo à Bolívia, ingressamos no meio do deserto sob forte vento e tempestade de areia. Fazia um frio de -10° em 4.660 metros de altitude, às margens da Laguna Verde.
...era muita gente para pouco espaço e mesmo assim o frio era pavoroso...
Fomos para o refugio nos abrigando do vento e do frio, dividindo uma pequena estufa com mais quatro holandeses e dois japoneses onde aguardávamos o fim do dia e a hora do jantar.